As suas preferências desta sessão foram atualizadas. Para alterar permanentemente as configurações da sua conta, acesse
Lembre-se de que é possível atualizar o país ou o idioma de sua preferência a qualquer momento em
> beauty2 heart-circle sports-fitness food-nutrition herbs-supplements pageview
Clique para ver nossa Declaração de Acessibilidade
App da iHerb
checkoutarrow
BR

Suplementos de Magnésio: Benefícios, Sintomas de Deficiência, Tipos, Dosagem e Mais

133,978 Visualizações

anchor-icon Índice dropdown-icon
anchor-icon Índice dropdown-icon

magnésio é um dos meus minerais favoritos. Eu o recomendo regularmente para meus pacientes para muitos problemas de saúde, incluindo cãibras musculares, enxaquecas, cefaleias de tensão, palpitações cardíacas, bexiga hiperativa e prisão de ventre. Aqueles que sofrem desses problemas costumam apresentar deficiência de magnésio. Durante a última década, o magnésio esteve continuamente entre os 10 melhores suplementos alimentares. 

Em meus 20 anos como médico, eu vi o magnésio ajudar mais pessoas que qualquer outro suplemento alimentar do mercado. Os benefícios costumam ser rápidos e os resultados podem melhorar a vida de muitas pessoas que o consomem.

Problemas comuns que podem ser melhorados pelo magnésio:

  • Cãibras musculares e nas pernas 
  • Espasmos faciais e bruxismo
  • Palpitações cardíacas e problemas do coração
  • Ansiedade e depressão
  • Pressão sanguínea elevada
  • Enxaquecas e cefaleias de tensão
  • Espasmos da bexiga e bexiga hiperativa (a bexiga é um músculo liso)
  • Prisão de ventre
  • Baixo controle da glicose

Por que o Corpo Precisa de Magnésio?

O magnésio está envolvido em mais de 350 reações químicas no corpo humano O humano médio tem cerca de 25 gramas (cerca de 6 colheres de chá) de magnésio espalhado pelo corpo. Um por cento desse magnésio está no sangue e nos glóbulos vermelhos, enquanto 99 por cento dele está presente nos ossos e músculos, pois são os locais em que ele é mais necessário. 

O magnésio é necessário para que o corpo produza DNA e RNA, além de ser essencial para a sintetização de minerais para a produção de proteínas. Sem magnésio, nossos músculos não conseguem contrair e relaxar, incluindo o músculo cardíaco, que é necessário pelas 100.000 batidas diárias do coração. Os vasos sanguíneos e nervos também precisam de magnésio para conduzir a comunicação celular de forma eficiente. 

Baixos níveis sanguíneos de magnésio indicam uma deficiência. Estima-se que até 75 por cento da população mundial consome quantidades inadequadas do magnésio necessário para uma boa saúde.

É essencial ter um consumo adequado de alimentos ricos em magnésio, como vegetais folhosos. Muitas vezes, a alimentação não basta e, por isso, é necessário tomar um suplemento. 

Medicamentos Podem Reduzir o Nível de Magnésio?

Certos medicamentos aumentam o risco de deficiência de magnésio, incluindo antiácidos (como omeprazol, pantoprazol, ranitidina, famotidina etc.) e comprimidos diuréticos (como furosemida, triantereno, hidroclorotiazida e clortalidona). Ao redor do mundo, mais de 100 milhões de pessoas tomam antiácidos, enquanto mais de 200 milhões tomam diuréticos diariamente, pois são baratos e eficientes para tratar a hipertensão. A maioria das pessoas que tomam esses fármacos diariamente apresenta deficiência de magnésio. 

Causas Comuns de Deficiência de Magnésio

  • Consumo Inadequado através da dieta (dieta pobre em vegetais folhosos)
  • Cirurgia de perda de peso (bypass gástrico, cirurgia bariátrica, etc.)
  • Síndrome de má absorção
  • Doenças intestinais
  • Estresse crônico (o corpo consome o magnésio quando estamos excessivamente estressados)
  • Alto consumo de alimentos processados e açúcares

Fontes Alimentares de Magnésio

É melhor obter o magnésio através da dieta. Porém, como mencionado anteriormente, isso frequentemente não é suficiente, mesmo em pessoas com dietas saudáveis e bem equilibradas. 

Quais São Alguns dos Sintomas Comuns da Deficiência de Magnésio?

1. Cãibras Musculares e nas Pernas

Cãibras musculares, principalmente nas pernas, são um dos motivos mais comuns para que eu recomende um suplemento de magnésio. Pacientes que vêm a mim com esses tipos de cãibra costumam receber prescrições como diuréticos e antiácidos, que reduzem os níveis de magnésio. 

Algumas pesquisas científicas suportam o que eu percebi pessoalmente em minha clínica. Um estudo randomizado, duplo-cego e controlado por placebo encontrou benefícios da suplementação com magnésio em pessoas com cãibras nas pernas, enquanto um estudo de 2002 concluiu que o magnésio pode ajudar a prevenir cãibras nas pernas. Porém, um estudo mais recente, de 2008, envolvendo mulheres grávidas, não encontrou uma redução nas cãibras das pernas quando o magnésio estava presente. Não foram notados efeitos colaterais negativos no estudo. 

Eu venho recomendando magnésio para cãibras nas pernas por quase 20 anos. Na maioria desses pacientes, foram notados benefícios. Em alguns casos, baixos níveis de potássio e uma desidratação crônica também podem resultar em cãibras nas pernas, portanto, se o magnésio não funcionar para você, considere essas outras opções e discuta-as com seu profissional de saúde.

2. Espasmos Faciais e Bruxismo

Com o passar dos anos, eu notei que pessoas com espasmos nas pálpebras e nos músculos das bochechas costumam ter baixos níveis de magnésio. Apesar de não ter encontrado nenhum estudo científico sobre isso, os resultados dos meus pacientes têm sido reconfortantes. Um artigo de 1990 documentou médicos que notaram resultados benéficos quando pacientes que sofriam de ranger de dentes durante a noite, um problema conhecido como bruxismo, receberam um tratamento com magnésio. Isso faria sentido, pois o estresse e a tensão também são motivos comuns para se ranger os dentes.

3. Palpitações Cardíacas e Problemas do Coração

Apesar de haver várias causas para as palpitações cardíacas, como doenças do coração, uma pessoa que apresenta deficiência de magnésio costuma ter esses problemas com mais frequência. É sempre importante consultar seu médico para ter certeza de que não há nada sério acontecendo caso você tenha palpitações cardíacas. 

Um estudo de 2019 demonstrou que pacientes com fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca que aumenta o risco de derrame, ao receberem magnésio de forma intravenosa, tiveram melhores resultados do que aqueles que não receberam o magnésio. Os pesquisadores demonstraram que o magnésio teve um efeito sinérgico com os medicamentos comuns para o coração dos pacientes.

Um estudo de 2005 também demonstrou que o magnésio pode ser útil no controle da frequência e do ritmo cardíaco em pessoas com fibrilação atrial e prolapso da válvula mitral (PVM), um vazamento da válvula do coração, com sintomas que incluem tontura, palpitações cardíacas, falta de ar e fadiga. Pessoas com PVM se beneficiaram ao receber uma suplementação de magnésio, de acordo com um estudo de 1986. Outro estudo de 2005 demonstrou que o magnésio poderia ser benéfico para pessoas com PVM.

Ansiedade e Depressão

O magnésio foi útil para pessoas que tomavam medicamentos antidepressivos quando tomado em combinação com seu tratamento padrão, de acordo com um estudo de 2016. O mecanismo pelo qual o mineral ajuda pode ser através do seu efeito positivo no microbioma intestinal. Os autores de um estudo de 2015 propuseram que uma dieta deficiente de magnésio afeta negativamente a conexão entre os intestinos e o cérebro. 

Um estudo de 2015 também discutiu a associação entre baixos níveis de magnésio e a ansiedade. Provavelmente, essa associação explica por que pacientes com ataques de pânico também costumam sofrer de palpitações cardíacas e espasmos do coração.

Além de atividades físicas regulares, otimizar a dieta é importante para melhorar a saúde física e mental, e a suplementação de magnésio deve ser considerada.

5. Pressão Sanguínea Elevada

A hipertensão é comum à medida que envelhecemos, e há muitos motivos pelos quais uma pessoa pode desenvolver hipertensão. Baixos níveis de magnésio são frequentes em pessoas com hipertensão, e o consumo regular e alimentos ricos em magnésio e suplementos de magnésio pode ser uma abordagem benéfica.

As descobertas de uma meta-análise de 2016 demonstraram "... uma relação causal entre a suplementação com magnésio e a redução da pressão arterial (PA) em adultos". De maneira similar, um estudo de 2021 concluiu que "o consumo diário médio de magnésio está abaixo dos valores recomendados, e a suplementação com magnésio na prevenção e no tratamento da hipertensão pode ser justificada". 

Pessoas que tomam medicamentos para a hipertensão não devem interromper o uso, a não ser por instrução médica. Eu já tive muitos pacientes que adicionaram o magnésio ao seu programa de tratamento padrão e relataram um melhor controle.

6. Enxaquecas

As enxaquecas costumam acontecer na forma de dores de cabeça fortes e pulsantes, que causam náusea e sensibilidade à luz e afetam 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo. Alguns estudos sugerem que uma a cada sete pessoas sofrerá de enxaquecas em algum ponto da vida — quase uma a cada cinco mulheres e um em cada 15 homens. Nos Estados Unidos, a enxaqueca custa ao sistema de saúde US$ 78 bilhões todos os anos. 

Por mais de uma década, eu recomendo magnésio aos pacientes que sofrem de enxaqueca. Em minha experiência, ele funciona para quatro de cinco pessoas na prevenção do início da enxaqueca. As pesquisas científicas suportam minha experiência médica. 

Um estudo de 2017, publicado no The Journal of Head and Face Pain, concluiu que o magnésio pode prevenir enxaquecas. Outros estudos mostram descobertas similares, incluindo a de que mulheres que sofrem de enxaquecas menstruais parecem se beneficiar da suplementação com magnésio. O motivo pelo qual o magnésio pode ajudar em casos de enxaqueca pode ser devido à sua capacidade de ajudar a melhorar a função mitocondrial e a produção de energia. 

7. Espasmos da Bexiga

O magnésio funciona bem para muitos pacientes que têm espasmos da bexiga ou uma bexiga hiperativa. Eu tive uma paciente em particular que me contou que o magnésio funcionava melhor que seu medicamento prescrito — por causa disso, nós interrompemos seu medicamento. 

A bexiga é constituída por "musculatura lisa". Quando os músculos estão com um baixo nível de magnésio, eles se contraem, nos dando a vontade de urinar mais frequente. Um estudo de 2020 demonstrou que pacientes que receberam magnésio apresentavam metade da probabilidade de terem espasmos da bexiga após uma remoção de tumor da bexiga, em comparação com aqueles que não receberam o magnésio. 

Sugestões de Dosagem para o Magnésio

As principais formulações de magnésio são: 

Magnésio Quelato

Essa forma é melhor absorvida, pois é facilmente ligada a metabólitos de fácil absorção. Os quelatos de magnésio incluem magnésio citrato, magnésio L-treonato, magnésio bisglicinato, magnésio taurato, magnésio malato, magnésio fumarato, entre outros. 

A maioria das pessoas consome doses entre 100 mg e 500 mg. Se você tomar uma dose muito alta, pode ocorrer um efeito laxante. O magnésio pode ser consumido como pó, cápsula ou comprimido. Eu adiciono uma medida de magnésio citrato em pó à minha garrafa d'água reutilizável regularmente. 

Óxido de Magnésio

O óxido de magnésio também é uma boa opção, sendo geralmente mais barato que o magnésio quelato. Porém, essa formulação tem uma taxa de absorção mais baixa. 

Por causa disso, ela tende a ter um efeito laxante maior se for consumida em uma dosagem acima da "dose sugerida" informada no rótulo. A maioria dos óxidos de magnésio vem em doses de 250 mg, 400 mg ou 500 mg. 

Referências:

  1. Mineral and Electrolyte Metabolism. 1993;19(4-5):314-22. Low magnesium is associated with glucose abnormalities
  2. Wacker WE, Parisi AF N Engl J Med. 1968 Mar 21; 278(12):658-63. (Average human has 25 grams of magnesium in their body)
  3. DiNicolantonio JJ, O'Keefe JH, Wilson W. Subclinical magnesium deficiency: a principal driver of cardiovascular disease and a public health crisis [published correction appears in Open Heart. 2018 Apr 5;5(1):e000668corr1]. Open Heart. 2018;5(1):e000668. Published 2018 Jan 13. 
  4. Lima Mde L, Pousada J, Barbosa C, Cruz T Arq Bras Endocrinol Metabol. 2005 Dec; 49(6):959-63 [Magnesium deficiency and insulin resistance in patients with type 2 diabetes mellitus]. Up to 75% of people are deficient
  5. Barna O, Lohoida P, Holovchenko Y, Bazylevych A, Velychko V, Hovbakh I, Bula L, Shechter M. A randomized, double-blind, placebo-controlled, multicenter study assessing the efficacy of magnesium oxide monohydrate in the treatment of nocturnal leg cramps. Nutr J. 2021 Oct 31;20(1):90. 
  6. Roffe C, Sills S, Crome P, Jones P. Randomised, cross-over, placebo controlled trial of magnesium citrate in the treatment of chronic persistent leg cramps. Med Sci Monit. 2002 May;8(5):CR326-30. 
  7. Nygaard IH, Valbø A, Pethick SV, Bøhmer T. Does oral magnesium substitution relieve pregnancy-induced leg cramps? Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2008 Nov;141(1):23-6. 
  8. Ploceniak C. Bruxisme et magnésium, mon expérience clinique depuis 1980 [Bruxism and magnesium, my clinical experiences since 1980]. Rev Stomatol Chir Maxillofac. 1990;91 Suppl 1:127. French. 
  9. Bouida W, Beltaief K, Msolli MA, Azaiez N, et. Al, Low-dose Magnesium Sulfate Versus High Dose in the Early Management of Rapid Atrial Fibrillation: Randomized Controlled Double-blind Study (LOMAGHI Study). Acad Emerg Med. 2019 Feb;26(2):183-191. 
  10. Davey MJ, Teubner D. A randomized controlled trial of magnesium sulfate, in addition to usual care, for rate control in atrial fibrillation. Ann Emerg Med. 2005 Apr;45(4):347-53. 
  11. Galland LD, Baker SM, McLellan RK. Magnesium deficiency in the pathogenesis of mitral valve prolapse. Magnesium. 1986;5(3-4):165-74. 
  12. Bobkowski W, Nowak A, Durlach J. The importance of magnesium status in the pathophysiology of mitral valve prolapse. Magnes Res. 2005 Mar;18(1):35-52. 
  13. Serefko A, Szopa A, Poleszak E. Magnesium and depression. Magnes Res. 2016 Mar 1;29(3):112-119. 
  14. Winther G, Pyndt Jørgensen BM, Elfving B, Nielsen DS, Kihl P, Lund S, Sørensen DB, Wegener G. Dietary magnesium deficiency alters gut microbiota and leads to depressive-like behaviour. Acta Neuropsychiatr. 2015 Jun;27(3):168-76.
  15. Pyndt Jørgensen B, Winther G, Kihl P, Nielsen DS, Wegener G, Hansen AK, Sørensen DB. Dietary magnesium deficiency affects gut microbiota and anxiety-like behaviour in C57BL/6N mice. Acta Neuropsychiatr. 2015 Oct;27(5):307-11. 
  16. Dominguez L, Veronese N, Barbagallo M. Magnesium and Hypertension in Old Age. Nutrients. 2020 Dec 31;13(1):139. 
  17. Banjanin N, Belojevic G. Relationship of dietary magnesium intake and serum magnesium with hypertension: a review. Magnes Res. 2021 Nov 1;34(4):166-171. 
  18. Peikert A, Wilimzig C, Köhne-Volland R. Prophylaxis of migraine with oral magnesium: results from a prospective, multi-center, placebo-controlled and double-blind randomized study. Cephalalgia. 1996 Jun;16(4):257-63. 
  19. Maier JA, Pickering G, Giacomoni E, Cazzaniga A, Pellegrino P. Headaches and Magnesium: Mechanisms, Bioavailability, Therapeutic Efficacy and Potential Advantage of Magnesium Pidolate. Nutrients. 2020 Aug 31;12(9):2660. 
  20. Mauskop A, Altura BT, Altura BM. Serum ionized magnesium levels and serum ionized calcium/ionized magnesium ratios in women with menstrual migraine. Headache. 2002 Apr;42(4):242-8. 
  21. https://pubs.asahq.org/anesthesiology/article/133/1/64/109148/Magnesium-and-Bladder-Discomfort-after

AVISO LEGAL: Este blog não tem a intenção de fornecer diagnóstico... Saiba mais