As suas preferências desta sessão foram atualizadas. Para alterar permanentemente as configurações da sua conta, acesse
Lembre-se de que é possível atualizar o país ou o idioma de sua preferência a qualquer momento em
> beauty2 heart-circle sports-fitness food-nutrition herbs-supplements pageview
Clique para ver nossa Declaração de Acessibilidade
App da iHerb
checkoutarrow
BR

Por que o Cálcio é Importante para as Crianças e para a Saúde dos Ossos

6,757 Visualizações

anchor-icon Índice dropdown-icon
anchor-icon Índice dropdown-icon

Cálcio e Saúde Óssea

Embora costume haver um foco no consumo de cálcio por idosos (para prevenir fraturas, perda óssea e osteoporose), o consumo de cálcio pelas crianças é embasadamente mais importante para a longevidade e saúde óssea de longo prazo do que a suplementação com cálcio na terceira idade.

Durante a infância e adolescência, os ossos crescem e eventualmente atingem sua "massa óssea máxima". Esse processo depende do consumo de cálcio. Na verdade, cerca de 99% de todo o cálcio do corpo é encontrado nos ossos e esse cálcio precisa vir de algo que consumimos.

Durante a adolescência, existe um período de três a quatro anos de construção óssea máxima, no qual 40% da massa óssea do adulto é depositada. Em meninas, o pico é em cerca de 12,5 anos de idade, enquanto em meninos o pico ocorre perto de 14 anos de idade. Durante essas anos, as demandas de cálcio são altas e se o consumo inadequado de cálcio ocorrer, a massa e força óssea podem ser comprometidas de modo geral. Isso pode levar ao aumento do risco de osteoporose e fraturas em momentos futuros. Se o consumo de cálcio for mantido, os riscos de problemas ósseos podem ser minimizado na vida adulta.

O final da infância e início da adolescência apresentam uma janela de oportunidade para construir ossos fortes e saudáveis. Se essa oportunidade for perdida, a massa óssea máxima pode ser comprometida, com indivíduos tendo uma maior propensão a problemas ósseos e perda óssea à medida que envelhecem.

Outros Benefícios do Cálcio

Além da saúde óssea em crianças em crescimento, o cálcio é importante por outros motivos. Alguns dos dados mais recentes sugerem que o aumento do cálcio reduz modestamente a pressão arterial, especialmente em pessoas mais jovens. Embora as alterações sejam modestas, até pequenas reduções na pressão arterial podem significar melhoras importantes na saúde. Baixar a pressão arterial só em dois pontos pode reduzir o risco de morte por derrame ou doenças cardíacas em 10% e 7%, respectivamente.

Como nutriente, o cálcio é utilizado para contração muscular, condução nervosa, coagulação sanguínea e diversos sistemas de sinalização. O mineral é necessário para o funcionamento fisiológico normal. Devido às necessidades do corpo, ele é firmemente regulado para manter um fornecimento confiável.

Requerimentos de Cálcio

Para meninos e meninas, as recomendações de cálcio do National Institutes of Health são as mesmas da adolescência:

  • 0-6 meses 200 mg
  • 7-12 meses 260 mg
  • 1-3 anos 700 mg
  • 4-8 anos 1000 mg
  • 9-13 anos 1300 mg
  • 14-18 anos 1300 mg

Porém, ao redor do mundo, as recomendações de cálcio variam por população. Na Europa, as recomendações para as faixas de 1-3, 4-10, e 11-17 são 450 mg, 800 mg e 1150 mg por dia, respectivamente. Alguns dados até sugerem que populações asiáticas apresentam melhor absorção de cálcio e não precisam de tanto quanto outras populações, o que pode reduzir os requerimentos de cálcio em alguns indivíduos asiáticos.

Na faixa de 9 a 18 anos, a recomendação de consumo de cálcio é a mais alta de toda a vida. Infelizmente, muitas crianças não atingem essas recomendações de consumo de cálcio. Nos Estados Unidos, garotas adolescentes são as que apresenta maior chance de não atingir as recomendações, consumindo 27% menos cálcio do que o indicado. Na Ásia, algumas estimativas sugerem que cerca de 96% das crianças não consomem cálcio adequadamente. A partir dos poucos dados disponíveis, o consumo de cálcio na África e América do Sul também parece indicar níveis de consumo em cerca de metade dos níveis recomendados, colocando diversas crianças em risco de baixo consumo de cálcio e desenvolvimento ruim dos ossos.

Porém, é interessante notar que isso parece um paradoxo. Em muitos países com consumo mais baixo de cálcio, as taxas de osteoporose e fraturas ósseas no final da vida são mais baixas. Isso é chamado de “o paradoxo do cálcio”. Não se sabe ao certo o motivo de certas populações parecerem mais resistentes a problemas ósseos, mesmo com o consumo mais baixo de cálcio. É mais provável que tenha a ver com a complexidade dos diferentes fatores que influenciam a perda óssea à medida que envelhecemos, incluindo outros componentes de alimentação e estilo de vida.

Fontes Alimentares de Cálcio

Para alcançar os requerimentos nutricionais, alimentos ricos em cálcio precisam ser consumidos regularmente. Algumas das fontes alimentares mais ricas em cálcio incluem:

  •  Leite desnatado, 610 mg em 16 oz.
  • Sardinha em lata, 569 mg em 1 xícara
  • Iogurte natural, 297 mg em 8 oz.
  • Semente de gergelim integral, 281 mg em 1 oz.
  • Queijo (por exemplo, a mussarela), 273 mg em 1 oz.
  • Vegetais cozidos da família da couve, 268 mg em 1 xícara
  •  Grãos de soja verdes cozidos, 261 mg em 1 xícara
  • Espinafre cozido, 245 mg em 1 xícara
  • Salmão enlatado com pele e ossos, 241 mg em 3 oz.
  • Feijões cozidos (feijão-fradinho), 211 mg em 1 xícara
  • Couve cozida, 195 mg em 1 xícara
  • Sementes de chia, 179 mg em 1 oz.
  • Teff cozido, 124 mg em 1 xícara
  • Quiabo cozido, 123 mg em 1 xícara
  • Amaranto cozido, 116 mg em 1 xícara
  • Abóbora cozida (moranga), 90 mg em 1 xícara
  • Amêndoas, 76 mg em 1 oz.
  • Brócolis, 62 mg em 1 xícara

Embora os laticínios costumem ser destacados por seu papel no consumo de cálcio, outros alimentos, incluindo nozes e sementes, vegetais, peixes (contendo ossos) e grãos integrais, também podem ser fontes confiáveis.

Se as crianças não alcançarem suas necessidades de cálcio através da alimentação, a suplementação pode ser considerada. Estudos mostraram benefícios para a construção dos ossos com suplementos de cálcio, embora em um estudo os benefícios tenham aumentado quando combinados a atividade física e nos estágios mais iniciais da puberdade. Um estudo sobre a suplementação com cálcio citrato-malato mostrou um aumento da massa óssea em 24 gramas por ano em meninas adolescentes. Os autores concluíram que a suplementação pode ajudar a prevenir eventos osteoporóticos futuros.

Vitamina D, Magnésio e Cálcio

Quando falamos do consumo e cálcio e seus benefícios, ele costuma ser enfatizado sozinho, desconsiderando informações sobre outras vitaminas e minerais que funcionam em sinergia com ele. Vitamina D e magnésio também são essenciais a se considerar para a saúde óssea, junto com o consumo de cálcio.

Vitamina D e Cálcio

Embora consumir cálcio suficiente seja essencial, a vitamina D também é necessária para absorver o cálcio e utilizá-lo no corpo. Uma deficiência tanto de cálcio quanto de vitamina D durante a infância pode causar raquitismo—uma condição na qual os ossos são mineralizados de forma insuficiente e apresentam baixa massa óssea. Em crianças com níveis normais de vitamina D, a suplementação não necessariamente confere benefícios, mas em crianças com níveis baixos de vitamina D, ela pode ser essencial.

A vitamina D também parece ser protetora quando combinada à suplementação com cálcio. Nas últimas décadas, dados foram se acumulando lentamente sugerindo que a suplementação com cálcio pode aumentar o risco e doenças cardíacas. O risco é associado somente ao cálcio dos suplementos, já que o cálcio dos alimentos não parece conferir riscos.

Os dados também sugerem que o aumento do risco de doenças cardíacas com a suplementação de cálcio pode ser mitigado ao combinar a suplementação de cálcio à vitamina D. A combinação pode funcionar como uma cobertura para proteger de potenciais preocupações sobre efeitos adversos na saúde do coração que a suplementação com cálcio sozinha pode apresentar.

Magnésio e Cálcio

Quando falamos de saúde óssea, o cálcio costuma ter um papel principal. Porém, o  magnésio, outro mineral crucial que costuma ser consumido insuficientemente, também é essencial para a saúde óssea.

Estudos demonstraram que a deficiência de magnésio é comum. Em algumas populações, mais de 50% dos indivíduos não consome quantidades suficientes do mineral. Apesar disso, esse mineral é crucial para diversas funções do corpo, incluindo a saúde óssea. Um pequeno estudo com meninas adolescentes que consumiam baixas quantidades de magnésio mostrou que a suplementação com magnésio aumentou significativamente a massa óssea. No estudo, a suplementação com magnésio melhorou a massa óssea de maneira mais significativa no quadril. Estudos com pessoas mais velhas também mostraram que o magnésio tem efeitos de preservar os ossos, ajudando a diminuir a perda óssea à medida que envelhecemos.

Conclusão

O cálcio é um nutriente essencial para o desenvolvimento dos ossos na infância e adolescência. Infelizmente, diversas crianças no mundo todo não consomem a quantidade necessária de cálcio na dieta, contribuindo para a diminuição da densidade mineral óssea e sua massa durante o desenvolvimento. Essa diminuição da massa óssea pode colocá-las em risco de perda óssea, osteoporose e fraturas ósseas à medida que envelhecem. A suplementação com cálcio pode ajudar a melhorar o desenvolvimento ósseo quando necessário, assim como a inclusão de vitamina D e magnésio quando estiverem deficientes na dieta.

Referências:

  1. Agostoni C, Canani RB, Fairweather-Tait S, et-al. Scientific Opinion on Dietary Reference Values for Calcium. EFSA J.2015;13(5):4101. doi:10.2903/j.efsa.2015.4101
  2. Aydin H, Deyneli O, Yavuz D, et al. Short-term oral magnesium supplementation suppresses bone turnover in postmenopausal osteoporotic women. Biol Trace Elem Res. 2010;133(2):136-143. doi:10.1007/s12011-009-8416-8
  3. Calcium intake of the U.S. population: What We Eat in America, NHANES 2009-2010. Dietary Data Brief. Food Surveys Research Group. Criado em Setembro de 2014. Acessado em 31 de outubro de 2022. https://www.ars.usda.gov/ARSUserFiles/80400530/pdf/DBrief/13_calcium_intake_0910.pdf 
  4. Carpenter TO, DeLucia MC, Zhang JH, et al. A randomized controlled study of effects of dietary magnesium oxide supplementation on bone mineral content in healthy girls. J Clin Endocrinol Metab. 2006;91(12):4866-4872. doi:10.1210/jc.2006-1391
  5. Chevalley T, Bonjour JP, Ferrari S, Hans D, Rizzoli R. Skeletal site selectivity in the effects of calcium supplementation on areal bone mineral density gain: a randomized, double-blind, placebo-controlled trial in prepubertal boys. J Clin Endocrinol Metab. 2005;90(6):3342-3349. doi:10.1210/jc.2004-1455
  6. Cormick G, Ciapponi A, Cafferata ML, Cormick MS, Belizán JM. Calcium supplementation for prevention of primary hypertension. Cochrane Database Syst Rev. 2022;1(1):CD010037. Publicado em 11 de Janeiro de 2022. doi:10.1002/14651858.CD010037.pub4
  7. Greer FR, Krebs NF; American Academy of Pediatrics Committee on Nutrition. Optimizing bone health and calcium intakes of infants, children, and adolescents. Pediatrics. 2006;117(2):578-585. doi:10.1542/peds.2005-2822
  8. Hruby A, McKeown NM. Magnesium deficiency: what is our status? Nutr Today. 2016;51(3):121-128.
  9. Institute of Medicine (US) Committee to Review Dietary Reference Intakes for Vitamin D and Calcium; Ross AC, Taylor CL, Yaktine AL, et al., editors. Dietary Reference Intakes for Calcium and Vitamin D. Washington (DC): National Academies Press (US); 2011. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK56070/ doi: 10.17226/13050
  10. Lloyd T, Andon MB, Rollings N, et al. Calcium supplementation and bone mineral density in adolescent girls. JAMA. 1993;270(7):841-844.
  11. Ma XM, Huang ZW, Yang XG, Su YX. Calcium supplementation and bone mineral accretion in Chinese adolescents aged 12-14 years: a 12-month, dose-response, randomised intervention trial. Br J Nutr. 2014;112(9):1510-1520. doi:10.1017/S0007114514002384
  12. MyFoodData. Nutrient Ranking Tool. Acessado em 31 de outubro de 2022. https://tools.myfooddata.com/nutrient-ranking-tool/Calcium/All/Highest/Household/Common/No
  13. Shlisky J, Mandlik R, Askari S, et al. Calcium deficiency worldwide: prevalence of inadequate intakes and associated health outcomes. Ann N Y Acad Sci. 2022;1512(1):10-28. doi:10.1111/nyas.14758
  14. Wang H, Wang D, Ouyang Y, Huang F, Ding G, Zhang B. Do Chinese children get enough micronutrients? Nutrients. 2017;9(4):397. Publicado em 18 de abril de 2017. doi:10.3390/nu9040397
  15. Weaver CM. Calcium requirements: the need to understand racial differences. Am J Clin Nutr. 1998;68(6):1153-1154. doi:10.1093/ajcn/68.6.1153
  16. Winzenberg T, Powell S, Shaw KA, Jones G. Effects of vitamin D supplementation on bone density in healthy children: systematic review and meta-analysis. BMJ. 2011;342:c7254. Publicado em 25 de janeiro de 2011. doi:10.1136/bmj.c7254
  17. Yang C, Shi X, Xia H, et al. The evidence and controversy between dietary calcium intake and calcium supplementation and the risk of cardiovascular disease: a systematic review and meta-analysis of cohort studies and randomized controlled trials. J Am Coll Nutr. 2020;39(4):352-370. doi:10.1080/07315724.2019.1649219

AVISO LEGAL: Este blog não tem a intenção de fornecer diagnóstico... Saiba mais