As suas preferências desta sessão foram atualizadas. Para alterar permanentemente as configurações da sua conta, acesse
Lembre-se de que é possível atualizar o país ou o idioma de sua preferência a qualquer momento em
> beauty2 heart-circle sports-fitness food-nutrition herbs-supplements pageview
Clique para ver nossa Declaração de Acessibilidade
App da iHerb
checkoutarrow
BR

Como Otimizar a Microbiota Com Probióticos Simples e Sinérgicos

3,318 Visualizações

anchor-icon Índice dropdown-icon
anchor-icon Índice dropdown-icon

O intestino é um ecossistema complexo habitado por trilhões de microrganismos, coletivamente chamados de microbiota intestinal. 

Esses microrganismos têm um papel crucial em diversas funções do corpo, incluindo digestão, regulação imune e saúde mental. Uma microbiota intestinal equilibrada e diversa é essencial para o bem-estar geral.

Benefícios dos Probióticos Para a Saúde Intestinal

Os "Probióticos" ganharam muita atenção por seus diversos benefícios para a saúde, especialmente na manutenção da saúde do intestino. São microrganismos vivos não patogênicos, incluindo bactérias que produzem ácido lático como as espécies de Lactobacillus e de Bifidobacterium, que habitam o cólon humano naturalmente (bactérias comensais). 

Os probióticos também podem conter linhagens não comensais como Bacillis subtilis e até mesmo Saccharomyces boulardii (levedura obtida em alimentos fermentados, solos, vegetais frescos e suplementos alimentares regulados). Quando consumidos em quantidades adequadas, fornecem diversos benefícios para a saúde. Eles introduzem bactérias benéficas no intestino, ajudando a manter o equilíbrio da microbiota e a promover um ambiente intestinal saudável.

Por Que Menos é Mais em Relação a Probióticos

À medida que o interesse nos probióticos aumenta, assim como a variedade de produtos disponíveis, cada um deles promove mais linhagens e melhores resultados, o que acaba confundindo os consumidores. 

Produtos que combinam diversas linhagens comensais em doses muito altas fornecem somente benefícios de curto prazo (ou nenhum benefício), por três motivos principais: 

  1. A falta de sinergia (ou até mesmo a competição entre as linhagens) pode levar a uma baixa potência: Apesar de muitas linhagens teoricamente sinérgicas existirem no cólon humano, elas não operam de maneira sinérgica em uma cápsula (um ambiente totalmente diferente do intestino humano). Fabricantes tentam superar essa incerteza adicionando altas doses (excessivas) prevendo que muitas morrerão, na esperança de que algumas bactérias cheguem ao cólon. 
  2. Incapacidade de colonizar adequadamente o cólon: Algumas cepas no suplemento probiótico podem não ser capazes de suportar os ambientes agressivos e variados que existem ao longo do trato gastrointestinal humano. Exemplos são o estômago altamente ácido, o intestino delgado alcalino e eventualmente o intestino grosso, que colonizam e passam a habitar. Embora alimentos fermentados com propriedades probióticas sejam efetivos, muitas fórmulas de suplementos não apresentam dados clínicos para confiar na conclusão de que uma colonização adequada esteja ocorrendo. 
  3. Tolerância reduzida a efeitos adversos: Muitos suplementos probióticos contêm prebióticos usados como combustível, o que pode resultar em gases, inchaço e reações desconfortáveis. Até mesmo formulações sem esses prebióticos podem resultar em uma solução passageira de curto prazo, já que fornecem diversidade microbiana somente enquanto a pessoa continua a tomar os probióticos, com poucos benefícios de longo prazo depois de parar. 

O Conceito de Sinergia nos Probióticos

Sinergia significa um efeito cooperativo de diferentes elementos, que trabalham juntos para produzir um resultado melhor do que a soma dos efeitos individuais. 

No contexto dos probióticos, as linhagens selecionadas se complementam, aumentando sua efetividade geral. 

Um excelente exemplo de sinergia entre probióticos é a combinação de E. faecium T-110, C. butyricum TO-A e B. subtilis TO-A. Ela evidencia o poder da sinergia através de uma combinação cuidadosamente selecionada de poucas linhagens.

Vantagens das Sinegias com Poucas Linhagens

  1. Maior Estabilidade: A presença de menos linhagens em uma fórmula probiótica pode levar a uma maior estabilidade e viabilidade do produto. Cada linhagem precisa de condições ambientais específicas para sobreviver e se desenvolver. Com menos linhagens, é mais fácil garantir que essas condições sejam atingidas, resultando em um produto probiótico mais robusto e confiável.
  2. Menor Competição Quando Isso é Importante: Em probióticos com diversas linhagens competindo, algumas podem se sair melhor do que outras, levando a uma microbiota intestinal menos diversa e menos eficiente. Por outro lado, linhagens cuidadosamente selecionadas devem demonstrar crescimento no mesmo meio em vez de uma ou mais linhagens serem degradadas. Isso significa que as linhagens funcionam juntas de maneira harmoniosa, reduzindo a competição quando estão na cápsula. Isso leva a um ambiente intestinal equilibrado e diverso, que deixa as bactérias ruins em desvantagem no intestino. Por exemplo, a E. faecium T-110 vive naturalmente no intestino humano. Ela produz ácido lático, que reduz o pH, prevenindo o crescimento de bactérias nocivas, ao mesmo tempo em que tem sinergia com espécies de Bifidobacterium.
  3. Benefícios Direcionados: Podemos abordar eficientemente problemas de saúde específicos ao escolher determinadas linhagens de funções complementares. Por exemplo, alguma linhagens podem ser direcionadas para melhorar a digestão, enquanto outras melhoram o funcionamento imunológico. A sinergia entre as linhagens amplifica o impacto geral na saúde intestinal. Por exemplo, o C. butyricum TO-A também vive naturalmente no intestino humano e degrada fibras alimentares em diversos nutrientes benéficos. Um deles é o ácido butírico, que alimenta as células do trato gastrointestinal.
  4. Melhor Colonização: A capacidade de linhagens probióticas de colonizar o intestino é essencial para sua eficiência. As linhagens selecionadas devem ser capazes de tolerar o microambiente severo do trato gastrointestinal humano. Aquelas que são resistentes a ácidos, formam esporos ou são inativadas podem ter mais chance de se estabelecerem e persistirem no intestino grosso.
  5. Menos Efeitos Colaterais: Algumas pessoas podem apresentar desconforto digestivo ao consumir probióticos com muitas cepas que competem. Isso é resultado de uma atividade metabólica alta, resultando em irritação do cólon pelos subprodutos da fermentação ou aumento da produção de gases. As cepas podem usar subprodutos do metabolismo de outra linhagem bacteriana para o seu desenvolvimento, em uma reação em cadeia de crescimento. Um exemplo dessa sinergia é visto na cepa B. subtilis TO-A , que reforça o crescimento de E. faecium e C. butyricum, além de diversas espécies benéficas de bifidobactérias.

Relevância Clínica

Conforme mencionado, muitas combinações de probióticos usam a teoria em vez de validações clínicas para embasar as fórmulas. Usam uma abordagem muito geral, misturando cepas com embasamento de poucos dados na mesma cápsula, esperando que elas cheguem no intestino humano e consigam colonizá-lo. Testes rigorosos que avaliem a interação das linhagens na cápsula e no intestino são necessários para aumentar a confiança ao tomar um probiótico.

Referências:

  1. Yoshimatsu Y, Yamada A, Furukawa R, Sono K, Osamura A, Nakamura K, Aoki H, Tsuda Y, Hosoe N, Takada N, Suzuki Y. (2015). Effectiveness of probiotic therapy for the prevention of relapse in patients with inactive ulcerative colitis. World J Gastroenterol. May 21;21(19):5985-94. doi: 10.3748/wjg.v21.i19.5985. 
  2. Chen CC, Kong MS, Lai MW, Chao HC, Chang KW, Chen SY, Huang YC, Chiu CH, Li WC, Lin PY, Chen CJ, Li TY. (2010). Probiotics have clinical, microbiologic, and immunologic efficacy in acute infectious diarrhea. Pediatr Infect Dis J.Feb;29(2):135-8. doi: 10.1097/inf.0b013e3181b530bf.
  3. Hua, M. C., Lin, T. Y., Lai, M. W., Kong, M. S., Chang, H. J., & Chen, C. C. (2010). Probiotic Bio-Three induces Th1 and anti-inflammatory effects in PBMC and dendritic cells. World journal of gastroenterology, 16(28), 3529–3540. https://doi.org/10.3748/wjg.v16.i28.3529
  4. Ariyoshi, T., Hagihara, M., Takahashi, M., & Mikamo, H. (2022). Effect of Clostridium butyricum on Gastrointestinal Infections. Biomedicines, 10(2), 483. http://dx.doi.org/10.3390/biomedicines10020483
  5. Fagnant, H.S., Isidean, S.D., Wilson, L., Bukhari, A.S., Allen, J.T., Agans, R.T., Lee, D.M., Hatch-McChesney, A., Whitney, C.C., Sullo, E., Porter, C.K., Karl, J.P.. (2023). Orally Ingested Probiotic, Prebiotic, and Synbiotic Interventions as Countermeasures for Gastrointestinal Tract Infections in Nonelderly Adults: A Systematic Review and Meta-Analysis. Advances in Nutrition. https://doi.org/10.1016/j.advnut.2023.02.002.
  6. Kanai, T., Mikami, Y. & Hayashi, A. (2015). A breakthrough in probiotics: Clostridium butyricum regulates gut homeostasis and anti-inflammatory response in inflammatory bowel disease. J Gastroenterol 50, 928–939. https://doi.org/10.1007/s00535-015-1084-x

AVISO LEGAL: Este blog não tem a intenção de fornecer diagnóstico... Saiba mais