As suas preferências desta sessão foram atualizadas. Para alterar permanentemente as configurações da sua conta, acesse
Lembre-se de que é possível atualizar o país ou o idioma de sua preferência a qualquer momento em
> beauty2 heart-circle sports-fitness food-nutrition herbs-supplements pageview
Clique para ver nossa Declaração de Acessibilidade
App da iHerb
checkoutarrow
BR

5 Formas de Reforçar a Saúde do Coração Naturalmente

56,843 Visualizações

anchor-icon Índice dropdown-icon
anchor-icon Índice dropdown-icon

O colesterol alto é um problema comum. E também é um tópico complicado, e de certa maneira controverso. O colesterol costuma ser dividido em dois tipos principais, o LDL e o HDL. De modo geral, o LDL é chamado de "colesterol ruim" e o HDL é considerado "bom". Porém, antes de começarmos a discutir as abordagens naturais para o colesterol alto, precisamos falar sobre algumas controvérsias sobre artigos publicados a respeito do colesterol e doenças cardíacas de modo geral.

O Colesterol e as Controvérsias a Respeito do Seu Tratamento

As estatinas são medicamentos famosos para diminuir o colesterol. O medicamento mais vendido de todos os tempos é a estatina redutora de colesterol Lipitor. As vendas do Lipitor em toda a história totalizam mais de $150 bilhões de dólares. Isso cria incentivos financeiros enormes e óbvios para encorajar o aumento da prescrição contínua de medicamentos que reduzem o colesterol.

Dessa maneira, precisamos de pesquisas abertas e sem viés para analisar sua eficácia. Infelizmente, a estrutura atualmente estabelecida para a publicação de pesquisas a respeito de medicamentos para o colesterol levanta questões e preocupações importantes.

Os estudos sobre colesterol patrocinados pela indústria são quase todos afunilados através de uma única organização. Esse grupo de pesquisadores tem ligações financeiras com a indústria farmacêutica. É a única organização com acesso aos dados brutos da maioria dos estudos publicados sobre terapias para o colesterol. Esse segredo em relação aos dados gera muitas preocupações, já que pesquisas mostram que a reanálise de dados de estudos de testes clínicos por uma instituição independente costuma mostrar resultados diferentes. Embora o grupo de pesquisa tenha se expandido recentemente para incluir um painel de supervisão independente, as dúvidas continuam.

Uma das maiores expansões no uso de medicamentos para baixar o colesterol foi para a prevenção primária de doenças cardíacas. A prevenção primária é o uso de medicamentos para baixar o colesterol em pacientes de baixo risco e com colesterol alto, para tentar prevenir doenças cardíacas. Um editorial de 2016 no Journal of the American Medical Association faz uma afirmação contundente sobre a qualidade das evidências sobre as estatinas na prevenção primária. Os autores afirmam que as evidências nem alcançam o nível B ou C. Em outras palavras, as pesquisas embasando as recomendações para diminuir o colesterol elevado em pacientes de baixo risco é de qualidade muito ruim.

Parte do problema inclui uma metodologia de estudo ruim permitida antes de 2006. A maioria dos estudos iniciais sobre as estatinas são potencialmente suspeitos. Interessantemente, testes clínicos de melhor qualidade publicados depois de 2006 não demonstraram benefícios de redução de mortalidade com as estatinas de modo geral. Se a doença cardíaca é a que mais mata, e a culpa é do colesterol, você esperaria alguns benefícios definitivos na redução do risco de morte através da redução do colesterol.

Porém, isso não tem sido observado de modo geral nas últimas pesquisas. Com base em todos os problemas, alguns pesquisadores em 2016 chegaram ao ponto de dizer que a eficácia e segurança das estatinas não são "baseadas em pesquisas". Considerando essa bagunça na literatura publicada sobre as terapias de redução do colesterol, o que podemos recomendar definitivamente?

Ter Colesterol Alto é Ruim?

Sabe-se há muito tempo que o colesterol LDL muito alto pode ser resultado de problemas genéticos. Conhecida como hipercolesterolemia, pacientes com essa doenças costumam desenvolver problemas cardíacos ainda jovens. É considerada a "condição-modelo" que demonstra uma ligação entre o colesterol e doenças cardíacas. E mostra claramente que o colesterol muito alto aumenta o risco de doenças cardíacas e morte. Mas assim como a maioria das coisas na medicina, a ideia que o colesterol é sempre ruim parece ser uma simplificação excessiva.

Embora haja muitas controvérsias, estudos demonstraram repetidamente benefícios protetores ou reduções de danos do colesterol alto à medida que as pessoas envelhecem. Após os 65 anos, dados sugerem que o colesterol total, LDL e HDL mais altos podem ser protetores para a saúde de modo geral, diminuindo a mortalidade. O colesterol tem um papel na resposta imune, proteção contra infecções, o que pode se tornar mais importante à medida que envelhecemos.

Por outro lado, outros dados sugerem que baixar o colesterol após um evento cardíaco importante, como um ataque cardíaco, é benéfico. Em outras palavras, se o paciente atualmente apresenta uma doença cardíaca severa e com risco à vida, baixar o colesterol é uma abordagem válida para reduzir o risco de problemas cardíacos futuros.

Então Onde Isso Nos Leva?

Se você tem colesterol muito alto e menos de 65 anos, ele tipicamente deve ser reduzido. Em pacientes que tiveram ataque cardíaco ou pessoas com alto risco para problemas cardíacos, reduzir o colesterol elevado também pode ser efetivo para prevenir eventos futuros. Em outras situações, devido a problemas nas pesquisas publicadas, é difícil saber o que é melhor. Precisamos desesperadamente de pesquisas clínicas adicionais e sem viés. Também provavelmente deveríamos parar de citar e confiar em alguns estudos mais antigos sobre terapias para redução do colesterol.

As estatinas são a abordagem padrão de primeira linha para baixar o colesterol. Infelizmente, alguns pacientes não toleram esses medicamentos. Eles também aumentam o risco de diabetes. Quando indicadas, abordagens naturais para reduzir o colesterol podem ser uma escolha razoável para algumas pessoas que apresentam dificuldades para reduzir os níveis de colesterol.

Abordagens Naturais Para o Colesterol Alto

Felizmente, para pessoas que precisam reduzir os níveis de colesterol, diversas abordagens naturais podem ser eficientes.

1. Dieta

A dieta pode ter um papel na redução do colesterol, e os tipos de gorduras que consumimos podem aumentar ou diminuir os riscos. Os ácidos graxos trans, ou gorduras trans, são gorduras produzidas pelo homem que apresentam maior estabilidade e durabilidade. Infelizmente, elas também apresentam um impacto negativo nítido sobre a saúde do coração.

Consumir gordura trans aumenta o colesterol LDL e aumenta o risco de ataque cardíaco, derrame e morte. As evidências de que as gorduras trans não têm lugar em uma dieta saudável são muito claras. Ao conferir as listas de ingredientes, qualquer gordura listada como “hidrogenada” é uma gordura trans, e melhor não consumí-la.

Dietas ricas em ácidos graxos monoinsaturados parecem ter benefícios nítidos sobre o colesterol e doenças cardíacas. O azeite de oliva é rico em gorduras monoinsaturadas. Uma ampla gama de evidências sugere que consumir 20% de calorias de gorduras monoinsaturadas reduz o risco de eventos cardíacos, incluindo a redução de 20% nos ataques cardíacos.

As nozes também são consideradas saudáveis para o coração. Diversos estudos demonstraram redução no colesterol total e LDL com o consumo de nozes. De maneira geral, consumir cerca de 45 gramas de nozes por dia é uma quantidade razoável. As evidências mais fortes são a respeito das nozes e amêndoas. Porém, estudos com avelãsnozes-pecanpistachecastanha-de-cajumacadâmias, e amendoins parecem sugerir benefícios.

2. Fibras solúveis

As fibras são importantes para a saúde. Algumas das pesquisas mais recentes sugerem que para cada 7 gramas de aumento de fibras, você reduz os riscos de doenças cardíacas em 9%. Fibras solúveis, encontradas na aveiapsyllium, e semente de linhaça parecem apresentar benefícios modestos para baixar o colesterol total e LDL. Elas provavelmente funcionam se ligando ao colesterol no trato digestivo, eliminando-o do corpo.

3. Extrato de Bergamota

A bergamota é uma fruta cítrica aproximadamente do tamanho de uma laranja, mas com um tom amarelo-esverdeado. Ela tem sido usada há muito tempo como saborizante para o chá Earl Grey. Recentemente, ensaios clínicos com extrato de bergamota documentaram efeitos de redução do colesterol. Uma revisão de todos os estudos com a bergamota para o colesterol demonstrou que a maioria apresentava benefícios significativos, com redução de até 31% no colesterol total e de até 40% no colesterol LDL. Os autores do estudo concluíram que a bergamota parece ser uma alternativa promissora para o controle do colesterol.

4. Fitoesteróis

Os fitoesteróis são esteroides vegetais descritos como tendo potenciais efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes . Os benefícios sugeridos nas pesquisas são o equilíbrio da glicose e atividade de redução do colesterol. Estudos demonstraram que cerca de 2 g de fitoesteróis por dia podem diminuir o colesterol LDL entre 8% e 10%.

Encontrados em maiores quantidades em nozes, sementes, óleos, feijões, e grãos integrais, os fitoesteróis possivelmente contribuem para os benefícios desses alimentos para o coração. Os fitoesteróis também são solúveis em gorduras e parecem funcionar melhor quando consumidos com alimentos e gorduras. Na forma de suplemento, o modo de extração e processamento é essencial para o alcance dos benefícios terapêuticos.

5. Alho

Embora os estudos sejam mistos ao longo dos anos sobre os benefícios do alho para o colesterol, a maior metanálise recente mostra efeitos significativos. De maneira geral, o colesterol total foi reduzido em , 17 mg/dl, e o LDL foi reduzido em 9 mg/dl em média com os suplementos de alho. Os autores do estudo concluíram que estes benefícios devem reduzir o risco de eventos cardíacos em 38% em uma pessoa mediana de 50 anos.

Conclusão

O colesterol alto é um problema complexo, e mais pesquisas que não sejam enviesadas são necessárias para compreendermos de forma completa quais são as melhores abordagens de tratamento. Para pessoas com menos de 65 anos com colesterol muito elevado, ou pacientes que tenham tido ataques cardíacos ou apresentem risco alto para eventos cardiovasculares, baixar o colesterol deve ajudar a diminuir o risco de piora das doenças cardíacas.

Embora abordagens convencionais consigam baixar o colesterol, opções naturais costumam ter menos efeitos colaterais. Nas pesquisas publicadas, dieta e diversos suplementos (incluindo a bergamota, fitoesteróis e alho) parecem fornecer benefícios.

Referências:

  1. Brumley J. The 15 all-time best-selling prescription drugs. Kiplinger.com. https://www.kiplinger.com/slideshow/investing/t027-s001-the-15-all-time-best-selling-prescription-drugs/index.html. Publicado em 2017. Acessado em 18 de março de 2021.
  2. Jaklevic M. The secret reasons why statins may not be as useful as we think. HealthNewsReview.org. https://www.healthnewsreview.org/2016/11/why-statin-guidelines-might-be-biased/. Publicado em 2016. Acessado em 18 de março de 2021.
  3. Krumholz HM, Peterson ED. Open access to clinical trials data. JAMA. 2014;312(10):1002-1003. doi:10.1001/jama.2014.9647
  4. Brown C. Statin-use debate creates furor at The BMJ. CMAJ. 2014;186(11):E405-E406. doi:10.1503/cmaj.109-4825
  5. DuBroff R, de Lorgeril M. Cholesterol confusion and statin controversy. World J Cardiol. 2015;7(7):404-409. doi:10.4330/wjc.v7.i7.404
  6. Lorgeril M, Ravaeus M. Beyond confusion and controversy, can we evaluate the real efficacy and safety of cholesterol-lowering with statins? J Cont Bio Res. 2016;1(1):67. doi: 10.15586/jcbmr.2015.11
  7. Roy G, Boucher A, Couture P, Drouin-Chartier JP. Impact of diet on plasma lipids in individuals with heterozygous familial hypercholesterolemia: A systematic review of randomized controlled nutritional studies. Nutrients. 2021;13(1):235. Publicado em 15 de Jan de 2021. doi:10.3390/nu13010235
  8. Bathum L, Depont Christensen R, Engers Pedersen L, Lyngsie Pedersen P, Larsen J, Nexøe J. Association of lipoprotein levels with mortality in subjects aged 50 + without previous diabetes or cardiovascular disease: a population-based register study. Scand J Prim Health Care. 2013;31(3):172-180. doi:10.3109/02813432.2013.824157
  9. Tuikkala P, Hartikainen S, Korhonen MJ, et al. Serum total cholesterol levels and all-cause mortality in a home-dwelling elderly population: a six-year follow-up. Scand J Prim Health Care. 2010;28(2):121-127. doi:10.3109/02813432.2010.487371
  10. Petursson H, Sigurdsson JA, Bengtsson C, Nilsen TI, Getz L. Is the use of cholesterol in mortality risk algorithms in clinical guidelines valid? Ten years prospective data from the Norwegian HUNT 2 study. J Eval Clin Pract. 2012;18(1):159-168. doi:10.1111/j.1365-2753.2011.01767.x
  11. Newson RS, Felix JF, Heeringa J, Hofman A, Witteman JC, Tiemeier H. Association between serum cholesterol and noncardiovascular mortality in older age. J Am Geriatr Soc. 2011;59(10):1779-1785. doi:10.1111/j.1532-5415.2011.03593.x
  12. Sanchez A, Mejia A, Sanchez J, Runte E, Brown-Fraser S, Bivens RL. Diets with customary levels of fat from plant origin may reverse coronary artery disease. Med Hypotheses. 2019;122:103-105. doi:10.1016/j.mehy.2018.10.027
  13. Shah B, Thadani U. Trans fatty acids linked to myocardial infarction and stroke: What is the evidence?. Trends Cardiovasc Med. 2019;29(5):306-310. doi:10.1016/j.tcm.2018.09.011
  14. Altamimi M, Zidan S, Badrasawi M. Effect of tree nuts consumption on serum lipid profile in hyperlipidemic individuals: A systematic review. Nutr Metab Insights. 2020;13:1178638820926521. Publicado em 15 de junho de 2020. doi:10.1177/1178638820926521
  15. Hammad S, Pu S, Jones PJ. Current evidence supporting the link between dietary fatty acids and cardiovascular disease. Lipids. 2016;51(5):507-517. doi:10.1007/s11745-015-4113-x
  16. Threapleton DE, Greenwood DC, Evans CE, et al. Dietary fibre intake and risk of cardiovascular disease: systematic review and meta-analysis. BMJ. 2013;347:f6879. Publicado em 19 de dezembro de 2013. doi:10.1136/bmj.f6879
  17. Trautwein EA, McKay S. The role of specific components of a plant-based diet in management of dyslipidemia and the impact on cardiovascular risk. Nutrients. 2020;12(9):2671. Publicado em 1 de setembro de 2020. doi:10.3390/nu12092671
  18. Lamiquiz-Moneo I, Giné-González J, Alisente S, et al. Effect of bergamot on lipid profile in humans: A systematic review. Crit Rev Food Sci Nutr. 2020;60(18):3133-3143. doi:10.1080/10408398.2019.1677554
  19. Salehi B, Quispe C, Sharifi-Rad J, et al. Phytosterols: From preclinical evidence to potential clinical applications. Front Pharmacol. 2021;11:599959. Publicado em 14 de janeiro de 2021. doi:10.3389/fphar.2020.599959
  20. Gylling H, Plat J, Turley S, et al. Plant sterols and plant stanols in the management of dyslipidaemia and prevention of cardiovascular disease. Atherosclerosis. 2014;232(2):346-360. doi:10.1016/j.atherosclerosis.2013.11.043
  21. Ried K, Toben C, Fakler P. Effect of garlic on serum lipids: an updated meta-analysis. Nutr Rev. 2013;71(5):282-299. doi:10.1111/nure.12012

AVISO LEGAL: Este blog não tem a intenção de fornecer diagnóstico... Saiba mais