As suas preferências desta sessão foram atualizadas. Para alterar permanentemente as configurações da sua conta, acesse
Lembre-se de que é possível atualizar o país ou o idioma de sua preferência a qualquer momento em
> beauty2 heart-circle sports-fitness food-nutrition herbs-supplements pageview
Clique para ver nossa Declaração de Acessibilidade
App da iHerb
checkoutarrow
BR

20 Métodos Naturais Para Melhorar a Digestão

58,149 Visualizações

Todos nós já sentimos os sintomas da dispepsia, uma sensação desconfortável no estômago, uma vez ou outra. Ela pode ser associada à indigestão, acidez estomacal, refluxo ácido ou DRGE – também conhecido como refluxo gastroesofágico, que causa uma sensação ácida de queimação no estômago ou, às vezes, na garganta. A dispepsia também pode ser causada pela gastrite, uma inflamação do estômago. Acredita-se que a bactéria Helicobacter Pylori (h. pylori) seja o principal fator de risco para o desenvolvimento de úlceras estomacais e até de câncer de estômago, além de estar presente em muitas pessoas que sofrem de gastrite.

Sintomas da dispepsia

  • Dor no estômago ou sensação de estômago cheio
  • Inchaço
  • Sensação de acidez na garganta
  • Garganta inflamada
  • Dor no peito
  • Tosse aguda ou crônica
  • Sintomas de asma causados pela liberação de ácidos para os pulmões

Por que esses problemas acontecem?

Acredite ou não, existem várias teorias. Algumas pessoas afirmam que o estômago produz ácido em excesso, enquanto outras acreditam que ele não produz o suficiente. O excesso de ácido tende a ser a explicação mais popular, e a solução recomendada pela maioria dos médicos são os medicamentos antiácidos.

Por outro lado, algumas pessoas acreditam que uma falta de ácido estomacal é a culpada, pois ela faz com que o esfíncter esofágico inferior (LES), o músculo que separa o esôfago do estômago, relaxe. Quando o LES está relaxado, até uma pequena quantidade de ácido pode causar um refluxo para o esôfago, dando a impressão de excesso de ácido. Acredita-se que o esfíncter esofágico falha ao se contrair e proteger o esôfago do refluxo ácido quando há insuficiência de ácidos.

Tabaco, gorduras, chocolate, açúcar e certos medicamentos podem enfraquecer o músculo. Comer em excesso também pode fazer com que a comida retorne do estômago para o esôfago e até à garganta.

Alimentos que pioram os sintomas digestivos

  • Alimentos processados
  • Alimentos açucarados
  • Carboidratos simples
  • Chocolate
  • Álcool
  • Alimentos à base de tomate
  • Café
  • Alimentos aos quais você possa ter sensibilidade, como laticínios e grãos

Medicamentos comuns que aumentam o refluxo ácido

Estes medicamentos aumentam os sintomas de refluxo ácido, enfraquecendo o esfíncter esofágico:

  • Albuterol: utilizado para asma
  • NSAIDs (Anti-inflamatórios não esteroides): ibuprofeno (Motrin, Advil), naproxeno (Aleve, Naprosyn), diclofenaco, indometacina e celecoxib (Celebrex). Esses medicamentos ajudam a aliviar a  dor no curto prazo, mas podem aumentar o risco de úlceras estomacais e promove o refluxo ácido.
  • Nitroglicerina: usada para pessoas com doenças cardíacas e sintomas de angina
  • Medicamentos para pressão arterial, como betabloqueadores (atenolol, metoprolol, carvedilol) e bloqueadores dos canais de cálcio (diltiazem, amlodipine, nifedipine)

*Não pare de tomar seus medicamentos a não ser por orientação do seu médico

Mudanças no estilo de vida que podem reduzir os sintomas de refluxo ácido

  • Evite alimentos que pioram o seu refluxo ácido (eles podem ser diferentes para cada pessoa).
  • Se você fuma, PARE!
  • Durma sobre o seu lado esquerdo. Dormir sobre o lado direito pode piorar os sintomas
  • Eleve a cabeceira de sua cama 15 a 20 cm
  • Evite álcool em excesso. Homens não devem ingerir mais de dois drinks por dia, enquanto mulheres devem ingerir no máximo um drink
  • Evite e/ou reduza o uso de anti-inflamatórias como ibuprofeno (Advil, Motrin) ou naproxeno (Aleve) a não ser que seja absolutamente necessário. Se você usar esses medicamentos, consuma-os com alimentos. Considere acetaminofeno (Tylenol) para a dor, pois ele não prejudica o estômago e não aumenta o risco de úlceras estomacais. Anti-inflamatórios naturais, como o ômega-3 do óleo de peixe e a cúrcuma, também podem ser considerados por serem de grande ajuda para muitas pessoas

Medicamentos comuns utilizados para o refluxo ácido.

Inibidores da bomba de prótons (IBPs): Omeprazol (Prilosec com ou sem receita), esomeprazol (Nexium), rabeprazol (AcipHex), lansoprazol (Prevacid), dexlansoprazol (Dexilant)

Os inibidores da bomba de prótons são frequentemente utilizados no combate ao desconforto do refluxo ácido. Para muitas pessoas, esses medicamentos devem ser usados no curto prazo.

Razões para utilizar medicamentos antiácidos:

  • Refluxo ácido sintomático não resolvido com mudanças na dieta. Use por quatro a oito semanas apenas, a não ser que seja instruído do contrário.
  • Úlceras estomacais devem ser tratadas por seis a doze semanas para que possam se regenerar. Uma úlcera estomacal com sangramento pode apresentar um risco à vida, então os benefícios de tomar esse medicamento são maiores que os seus riscos.
  • Pessoas com um problema precursor do câncer no esôfago, chamado de esôfago de Barrett, também devem usar medicamentos IBPs regularmente. Esse problema é associado com um maior risco de câncer do esôfago que ocorre em cerca de um a quatro por cento das pessoas afetadas. Os medicamentos IBPs podem ajudar a prevenir a progressão do câncer.
  • Se o seu médico diagnosticou uma doença rara como Zollinger-Ellison, em que um excesso de ácido é secretado. Na maioria dos casos, pessoas com essa doença precisam usar medicamentos durante a vida inteira.

Efeitos colaterais dos medicamentos antiácidos

Os inibidores da bomba de próton, quando usados regularmente, reduzem a capacidade do corpo de quebrar as proteínas dos alimentos. As proteínas, na presença do ácido estomacal, são quebradas em aminoácidos, que são reciclados pelo nosso corpo para a produção de proteínas e compostos cerebrais, como dopamina e serotonina.

Essa classe de medicamentos reduz a absorção de vitaminas como vitamina B12, vitamina C e folatos. Os IBPs também reduzem a absorção de minerais como ferro, cálcio e magnésio.

Em 2011, a FDA comunicou que os níveis de magnésio podem ser perigosamente baixos em pessoas que consomem esses medicamentos regularmente. Um baixo nível de magnésio pode causar câimbras musculares e palpitações cardíacas. O magnésio é necessário no nosso corpo e ajuda as enzimas a realizarem mais de 350 reações químicas. A absorção reduzida de cálcio e de magnésio aumenta o risco de osteoporose. Além disso, um estudo de 2016 demonstrou um maior risco de falha renal aguda em pessoas que usavam esses medicamentos, enquanto outro estudo indicou que esses medicamentos aumentam o risco do desenvolvimento de demência.

Pessoas que utilizaram antiácidos, principalmente IBPs, podem precisar reduzir a medicação aos poucos, pois a para abrupta pode resultar em uma piora do quadro de refluxo ácido. Para reduzir, normalmente se utiliza o medicamento dia sim, dia não, por duas a quatro semanas até que os sintomas desapareçam. Não pare de tomar sua medicação sem consultar o seu médico.

Principais suplementos que ajudam a melhorar a digestão

Betaína HCl

Supondo que os problemas digestivos de uma pessoa aconteçam devido à insuficiência de ácido, o consumo de betaína HCl (ácido clorídrico), até três vezes por dia antes das refeições, pode ser benéfico. Pessoas com baixa produção de ácido e, portanto, com baixa capacidade de digerir proteínas, se beneficiam da betaína HCl de acordo com um estudo publicado na Molecular Pharmaceutics. Um estudo de 2014 apresentou descobertas semelhantes. Pessoas com úlceras estomacais e esôfago de Barrett NÃO devem usar esse suplemento. Caso o suplemento cause desconforto, interrompa o uso.

Um estudo de 2017 deu a pacientes com refluxo ácido um suplemento que continha betaína HCl e pepsina. Os resultados indicaram uma redução nos sintomas de refluxo ácido dos pacientes. Um estudo de 2017 publicado na Digestive Diseases concordou que essa estratégia pode ser benéfica.

Enzimas digestivas

Enzimas digestivas: pancreatina, bromelaína e papaína também podem auxiliar o processo digestivo. Elas podem ser consumidas na forma de suplemento antes de uma refeição. Dose sugerida: usar conforme indicado no rótulo

Suplementos secundários que ajudam a digestão

DGL (alcaçuz desglicirrizado)

Estudos têm demonstrado os benefícios do DGL por décadas. Um estudo de 1968 indicou a capacidade natural desse medicamento de ajudar a curar as úlceras estomacais e intestinais. Um estudo de 1978 publicado no British Medical Journal também demonstrou que ele pode ser benéfico na prevenção de úlceras estomacais.

Vitamina C

Estudos demonstram que pacientes com úlceras estomacais possuem baixos níveis de antioxidantes, como a vitamina C, em seus estômagos. Um baixo nível de vitamina C também é um fator de risco para o câncer de estômago. A suplementação com vitamina C pode ajudar fornecendo um suporte digestivo adicional.  Dose sugerida: 500 a 2.000 mg diariamente

Cúrcuma

A cúrcuma, também conhecida como açafrão-da-terra, é uma planta com rizoma pertencente à família do gengibre, frequentemente consumida por suas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e promovedoras da saúde digestiva. Acredita-se que a curcumina, um composto químico encontrado na cúrcuma fornece muitos benefícios à saúde. Apesar de muitas pessoas terem usado a cúrcuma como um tempero por mais de 4.000 anos, ela tem desempenhado um papel importante na medicina natural.

Um estudo de 2001 demonstrou que a cúrcuma pode ajudar a curar úlceras estomacais e intestinais depois de quatro semanas de uso. Um estudo de 2005 indicou que a cúrcuma pode ajudar a reduzir a liberação excessiva de ácido do estômago bloqueando os receptores H2, que é a mesma ação dos antiácidos prescritos famotidina e ranitidina. Recentemente, um estudo de 2016 demonstrou que a erva também pode ajudar a reduzir os sintomas do refluxo ácido. Dose sugerida: 500 mg uma a três vezes por dia

Pimenta caiena

Uma pimenta vermelha que contém o ingrediente ativo capsaicina. Ironicamente, estudos demonstraram o benefício terapêutico da pimenta caiena para a digestão. Um estudo de 2002 indicou que a pimenta vermelha pode reduzir os sintomas da irritação estomacal com mais eficiência do que um placebo. Dose sugerida: Conforme instruído no rótulo.

Probióticos

Probióticos incluem uma classe de suplementos composta por bactérias saudáveis. As linhagens mais comumente utilizadas são Lactobacillus e Bifidobacterium.  Restaurar o equilíbrio e a harmonia bacteriana do sistema digestivo é crucial. Um estudo de 2016 confirmou que as pessoas com dispepsia possuem um desequilíbrio nas bactérias intestinais. Um estudo de 2017 publicado no British Medical Journal indicou que a restauração das bactérias saudáveis pode ajudar pessoas com sintomas relacionados à dispepsia. Suplementos prebióticos, que encorajam o crescimento de bactérias saudáveis, também podem ser considerados. Dose sugerida: 5 bilhões a 100 bilhões de unidades por dia.

Outros suplementos e alimentos que beneficiam o processo digestivo incluem ácidos graxos essenciais, chá de camomila, vinagre de maçã e suco de limão.

Ervas que auxiliam a digestão

No livro de 2002 "Why Stomach Acid Is Good for You", do Dr. Jonathan Wright, ele fornece uma lista de ervas amargas que ajudam e estimulam os sucos gástricos necessários para uma digestão saudável. Essas ervas podem ser consideradas se mudanças na dieta ou o uso de vários suplementos listados acima não for adequado:

Um sistema digestivo saudável é crucial para a saúde

A quebra dos alimentos começa na nossa e boca e continua no estômago, o que permite que os nutrientes sejam absorvidos no intestino delgado. Nossa dieta e o microbioma de bactérias intestinais influenciam fortemente na eficiência da digestão. Quando mudanças na dieta e no estilo de vida não são suficientes para ajudar com a digestão, costuma-se depender de medicamentos, e eles podem ser muito úteis. Além dos medicamentos, suplementos e ervas podem ajudar a restaurar o equilíbrio do sistema digestivo, promovendo uma saúde otimizada. Coma saudável, pense saudável, seja saudável!    

Referências:

  1. Yago MAR, Frymoyer AR, Smelick GS, et al. Gastric Re-acidification with Betaine HCl in Healthy Volunteers with Rabeprazole-Induced Hypochlorhydria. Molecular pharmaceutics. 2013;10(11):4032-4037. doi:10.1021/mp4003738.
  2. Yago MR, Frymoyer A, Benet LZ, et al. The Use of Betaine HCl to Enhance Dasatinib Absorption in Healthy Volunteers with Rabeprazole-Induced Hypochlorhydria. The AAPS Journal. 2014;16(6):1358-1365. doi:10.1208/s12248-014-9673-9.
  3. Forssmann K, Meier L, Uehleke B, Breuer C, Stange R. A non-interventional, observational study of a fixed combination of pepsin and amino acid hydrochloride in patients with functional dyspepsia. BMC Gastroenterology. 2017;17:123. doi:10.1186/s12876-017-0675-9.
  4. Digestive Disease. 2017 Oct 5. doi: 10.1159/000481399. [Epub ahead of print]
  5. Tewari SN, Trembalowicz FC. Some experience with deglycyrrhizinated liquorice in the treatment of gastric and duodenal ulcers with special reference to its spasmolytic effect. Gut. 1968;9(1):48-51.
  6. Hollanders D, Green G, Woolf IL, et al. Prophylaxis with deglycyrrhizinised liquorice in patients with healed gastric ulcer. British Medical Journal. 1978;1(6106):148.
  7. J Clin Gastroenterol. 2000 Jun;30(4):381-5.
  8. Southeast Asian J Trop Med Public Health. 2001 Mar;32(1):208-15.
  9. Biol Pharm Bull. 2005 Dec;28(12):2220-4.
  10. Drug Res (Stuttg). 2016 Aug;66(8):444-8. doi: 10.1055/s-0042-109394. Epub 2016 Jun 28.
  11. Aliment Pharmacol Ther. 2002 Jun;16(6):1075-82.
  12. Nakae H, Tsuda A, Matsuoka T, Mine T, Koga Y. Gastric microbiota in the functional dyspepsia patients treated with probiotic yogurt. BMJ Open Gastroenterology. 2016;3(1):e000109. doi:10.1136/bmjgast-2016-000109.
  13. Igarashi M, Nakae H, Matsuoka T, et al. Alteration in the gastric microbiota and its restoration by probiotics in patients with functional dyspepsia. BMJ Open Gastroenterology. 2017;4(1):e000144. doi:10.1136/bmjgast-2017-000144.

AVISO LEGAL: Este blog não tem a intenção de fornecer diagnóstico... Saiba mais