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Queimação, refluxo e indigestão são termos comuns usados para nomear problemas no trato digestivo superior que não estão relacionados a úlceras. Além da queimação, os sintomas de refluxo e indigestão podem incluir dificuldade para engolir, sensação de pressão e peso após comer, sensações de inchaço após comer, dores estomacais ou abdominais e cólicas.
A queimação e outros sintomas associados ao refluxo são frequentemente causados pelo fluxo de suco gástrico para o esôfago levando a um desconforto e sensação de queimação que irradia para cima e fica pior ao deitar.
Frequentemente o refluxo ocorre por causa do funcionamento alterado de uma válvula circular que separa o esôfago do estômago chamada de esfíncter esofageal inferior (EEI). Às vezes a disfunção ocorre devido a fatores mecânicos como hérnia de hiato, gravidez ou obesidade. Também pode ser o resultado de excesso de alimentação e funcionamento digestivo ruim.
Com o relaxamento do esfíncter esofageal inferior, ocorre refluxo dos conteúdos do estomago para o esôfago. Este refluxo é composto de ácido, bile, pepsina e outras enzimas que levam a danos e irritação no esôfago. O refluxo também pode ser causado por cigarro, chocolate, alimentos fritos, bebidas carbonatadas, álcool, cafeína, remédios para pressão arterial, antidepressivos, hormônios, antibióticos, agentes quimioterápicos e bifosfonatos. O ponto comum entre estes fatores é que eles diminuem o tônus do esfincter esofageal inferior. Os sintomas podem ser particularmente ruins quando a pessoa deita.
Existem diversos produtos naturais com benefícios clínicos comprovados para melhorar a queimação, refluxo e indigestão:
O carbonato de cálcio e o citrato de cálcio podem ser usados como antiácidos para o alivio ocasional da queimação. A dosagem única recomendada é de 500 a 1000 mg.
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O Hidrocloreto (HCL) de Betaína pode ajudar caso a causa de queimação ou indigestão seja falta de secreção de ácido clorídrico (HCL) no estômago. A habilidade de secretar ácido gástrico tende a diminuir com a idade. Alguns estudos demonstram baixa produção de HCL no estômago em cerca de metade das pessoas acima de 60 anos.1 Além da queimação, a falta de HCL costuma produzir gases e inchaço no intervalo de 30 minutos após a refeição. Felizmente, tomar HCL como suplemento alimentar pode ajudar a fornecer o que o corpo pode não estar produzindo.
A dose recomendada para adultos em terapia de reposição de HCl é de uma ou duas cápsulas de 500 mg junto com as refeições, até três vezes ao dia. O produto deve conter a enzima pepsina ou uma protease fúngica para também digerir proteínas.
Nota sobre segurança: não tome o HCl de estômago vazio, tome após consumir uma pequena quantidade de alimento. Consulte um profissional de saúde antes de usar caso sofra de úlcera péptica ativa, durante a gravidez ou enquanto estiver amamentando. Mantenha fora do alcance de crianças.
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O alginato, também chamado de ácido algínico, é uma fibra alimentar encontrada nas paredes das células das algas marrons. O alginato tem uma habilidade única de reter até 200-300 vezes seu próprio peso em água, tornando-o uma substância naturalmente gelificante.
Quando tomado junto com agentes tamponantes como o carbonato de cálcio, o alginato produz uma "balsa" muito eficiente que flutua no topo dos conteúdos do estômago para bloquear o refluxo de conteúdos gástricos para o esôfago. À medida que o complexo de alginato faz seu caminho através do trato intestinal, é parcialmente digerido e se comporta como outras fibras alimentares até que seja finalmente eliminado do corpo. 2,3
Para que o alginato possa fazer seu trabalho, ele precisa ser tomado após uma refeição na forma de um comprimido mastigável ou preparação líquida. Se ele for tomado na forma de cápsula durante uma refeição, simplesmente se misturará aos conteúdos do estômago e não formará uma balsa. A dose típica é de 400 a 1000 mg após cada refeição e 30 minutos antes de deitar. Para usar somente à noite, tome 30 minutos antes de dormir e evite deitar por 30 minutos.
Não existem efeitos colaterais conhecidos para o alginato, assim como não existem interações medicamentosas conhecidas para ele.
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A melatonina é uma importante protetora do estômago e intestinos. Na verdade, o trato intestinal produz 400 vezes mais melatonina do que o cérebro. Diversos estudos demonstraram que a melatonina é muito valiosa para a queimação. A melatonina aumenta a pressão do EEI (o que significa um melhor tônus do EEI), aumenta a gastrina do soro, (um hormônio que estimula a secreção de suco gástrico e é secretado na corrente sanguínea pela parede estomacal em resposta à presença de alimentos), reduz a produção de ácido estomacal. A dosagem de melatonina foi de 3 mg à noite.4
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Alcaçuz Derriglicirinado (DGL). Este produto natural é produzido ao remover um composto (ácido glicirretínico) do alcaçuz, pois ele pode aumentar a pressão arterial. A DGL estimula os mecanismos de defesa naturais para ajudar a proteger e curar o revestimento do estômago e esôfago, bem como aliviar a queimação e indigestão.5,6 A DGL melhora tanto a qualidade quanto a quantidade das substâncias protetoras que revestem o trato intestinal, aumenta o tempo de vida das células intestinais e melhora o fornecimento de sangue para o revestimento intestinal. Tome um ou dois comprimidos mastigáveis de DGL vinte minutos antes das refeições por 8 a 16 semanas para garantir a cura completa de qualquer irritação.
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A goma mástica is a é um produto natural proveniente da resina da árvore mastic que é efetiva contra a H. pylori. Em um teste clínico randomizado placebo-controlado, 77% das pessoas com dispepsia que tomaram a goma mástica numa dosagem de 350 mg três vezes ao dia por 3 semanas apresentaram melhora nos sintomas de queimação, indigestão, dor no estômago e dores na parte superior do abdome.7
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A combinação dos extratos de raiz de gengibre (Zingiber officinalis) e folhas de alcachofra (Cynara scolymus) tem se mostrado útil na melhora da indigestão e da mobilidade estomacal e intestinal ruim, o que também pode levar à queimação. A administração pode ser benéfica no tratamento da dispepsia sem úlcera, bem como outros transtornos do funcionamento gastrointestinal. A dosagem foi de 20 mg de extrato de gengibre duas vezes ao dia (33% de gingeróis e shagóis) e um extrato de alcachofra de 100 mg (20% de ácidos cafeoilquínicos).8
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O óleo de hortelã-pimenta em cápsulas de revestimento entérico para que não se degradem no estômago mas sejam endereçadas ao intestino grosso e delgado podem ajudar com a indigestão e irritação estomacal. Já foi demonstrado que estas preparações são eficientes tanto na irritação do trato digestivo superior quanto nos sintomas de irritabilidade dos intestinos delgado e grosso. Dosagem: tomar uma ou duas cápsulas três vezes ao dia, vinte minutos antes das refeições.9
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Para ajudar a guiar você para o produto correto, veja aqui algumas recomendações baseadas em características prévias:
Existem diversas outros auxílios naturais para o refluxo:
A Aloe vera ajuda a reduzir a inflamação e pode ajudar com a queimação quando o revestimento do estômago e esôfago ficam irritados ou inflamados.10 A aloe pode ser tomada em forma de extrato em cápsulas ou através do suco de aloe.
O vinagre de maçã é uma forma mais branda de substituição de ácido conforme discutido acima. Tomar 60 ml de vinagre de maçã cru e sem filtrar antes da refeição pode ser útil. Cápsulas e comprimidos que fornecem uma dosagem equivalente também podem ser usados.
Beber um copo de água alcalina (pH acima de 8) pode ajudar, ou faça a sua própria adicionando um limão recém espremido em 240 ml de água.11
Já foi demonstrado que mastigar chicletes sem açúcar após as refeições pode ajudar a parar a queimação e refluxo ácido. Mastigar chicletes sem açúcar estimula as glândulas salivares na boca para que produzam saliva. Este excesso de saliva dilui e elimina qualquer ácido que pode voltar para o esôfago. Pesquisas mostram que mastigar chicletes sem açúcar reduz os sintomas em pacientes com refluxo gástrico crônico e também pode ajudar pacientes que sofrem ocasionalmente de queimação e refluxo.12
A queimação e o refluxo tendem a ocorrer à noite ao deitar na cama. Isso ocorre pois a gravidade permite que o ácido estomacal volte para o esôfago. Elevar a cabeceira da cama usando tijolos ou blocos dois-por-quatro sob a cabeceira pode ajudar a reduzir sintomas noturnos de queimação.
Prestar atenção ao comer também ajuda a aliviar a queimação. Pedaços pequenos e bem mastigados são mais fáceis de digerir do que pedaços grandes, e passar mais tempo sentado para consumir uma refeição também pode ajudar.
Referências:
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