Abordagens naturais para melhorar os níveis de testosterona masculina
Muitos homens com saúde inadequada frequentemente encontram dificuldades ao ter relações íntimas. Existem muitas razões pelas quais isso pode ocorrer. A mais comum é que a maioria das doenças crônicas pode afetar negativamente a função sexual e os níveis hormonais. Aqueles com diabetes, obesidade, pressão alta, colesterol alto e doenças cardíacas geralmente têm baixa testosterona e. posteriormente, sofrem de disfunção erétil, ou DE, como é amplamente conhecida. Alguns estudos também mostraram que a disfunção erétil pode ser um sinal precoce de doença do coração, podendo aparecer muitos anos antes das doenças cardíacas.
Remédios comuns prescritos por médicos para tratar as doenças crônicas podem levar a problemas de disfunção erétil. Essas medicações incluem:
- Medicamentos para o colesterol – atorvastatina, sinvastatina e lovastatina e outros
- Medicamentos para a pressão arterial – carvedilol, atenolol, lisinopril, benazepril e outros
- Medicamentos para a pressão arterial – carvedilol, atenolol, lisinopril, benazepril e outros
- Medicamentos para a próstata – finasteride, dutasteride, tamsulosin e terazosin
- Antidepressivos – fluoxetina, duloxetina, paroxetina e outros
Mudanças no estilo de vida
Aqueles que levam um estilo de vida sedentário têm maior risco de desenvolver não apenas diabetes e doenças cardíacas, mas também disfunção erétil. Acrescentar exercícios e atividades moderadas na rotina é crucial para a saúde vascular, e pode ajudar a melhorar o fluxo sanguíneo não apenas para o coração e no cérebro, mas também em outras partes importantes do corpo.
A perda de peso em pessoas com sobrepeso e obesidade é um passo importante para ajudar a melhorar os sintomas de disfunção erétil. Um estudo de 2003 mostrou que homens com sobrepeso tendo um índice de massa corporal (IMC) de 28,7 ou mais possuíam 30% mais chances de ter disfunção erétil quando comparados a homens cujo IMC era menor que 25 – a definição de peso normal. Posteriormente, um estudo de 2004 no Journal of the American Medical Association concluiu: “Mudanças no estilo de vida estão associadas à melhora na função sexual em cerca de um terço dos homens obesos com disfunção erétil no início do estudo”. Alcançar o peso ideal deve ser o objetivo principal para aqueles querendo melhorar sua saúde sexual. Muitos escolhem uma dieta paleolítica, dieta vegetariana ou dieta cetogênica para ajudar a atingir esse objetivo.
Um dos principais motivos pelos quais muitos homens sofrem de disfunção erétil são os baixos níveis de testosterona. Estudos mostraram que, nas últimas décadas, os níveis de testosterona entre os homens, em todo o mundo, têm diminuído. Existem diversos motivos para isso acontecer, e muitos culpam a utilização de plásticos e outros produtos químicos, que podem atuar como um desregulador hormonal e resultar na diminuição da produção de testosterona. Além disso, a obesidade contribui para diminuir os níveis de testosterona nos homens, o que ocorre principalmente porque o tecido adiposo converte a testosterona de um homem em estrogênio.
Reduzir a gordura corporal e eliminar as toxinas da dieta são etapas cruciais que podem ser tomadas para aumentar os níveis de testosterona nos homens. Às vezes, no entanto, isso não é o suficiente. Por essa razão, muitos procuram medicamentos ou suplementos para ajudar a aumentar os níveis de libido e testosterona. Em certos momentos, eles podem ser apropriados.
Medicações
Os médicos frequentemente prescrevem reposição de testosterona para os homens com baixos níveis do hormônio. No entanto, as causas da baixa testosterona raramente são abordadas. Dificilmente os médicos recomendam mudanças na dieta e no estilo de vida que podem ajudar a pessoa a chegar à raiz do problema. Em vez disso, eles se concentram nos medicamentos.
Quando a testosterona está baixa, a reposição costuma ser recomendada. Essa medicação vem em muitas formas, incluindo injeções de testosterona, cremes de testosterona e implantação de chips de testosterona. Embora possam ajudar no início, se a causa principal não for resolvida, os benefícios serão de curta duração.
Há também medicamentos que foram desenvolvidos por empresas farmacêuticas especificamente para tratar a disfunção erétil. Eles incluem sildenafila (Viagra), tadalafila (Cialis) e vardenafila (Levitra). Mais uma vez, esses medicamentos podem ser úteis para muitos, e eu frequentemente os prescrevia. No entanto, tentar descobrir a fonte do problema para recuperar o equilíbrio e a saúde deve ser o principal objetivo, tanto para o paciente quanto para o médico.
Devido a preocupações com os efeitos colaterais e custo dos remédios, muitos buscarão alternativas mais naturais, como discutido abaixo.
10 suplementos usados para aumentar a libido e melhorar os níveis de testosterona
L-Arginina
A L-arginina é um aminoácido crucial para a circulação do sangue por todo o corpo — precursora do óxido nítrico, a L-arginina é uma molécula que promove o fluxo sanguíneo saudável. Um estudo de 2014 demonstrou que esse aminoácido ajuda contra a angina, doença vascular e disfunção erétil.
Em 1999, um estudo duplo-cego e controlado com placebo demonstrou que a L-arginina, quando ingerida em doses de até 5.000mg por dia, ajudou a melhorar os sintomas de disfunção erétil quando comparada aos homens que tomaram uma pílula placebo. No entanto, de acordo com outro estudo de 1999 realizado na Urologia Internationalis, doses de 1.500mg por dia não foram eficazes.
Um estudo de 2015 mostrou que a L-arginina, quando tomada com o suplemento Picnogenol (veja abaixo), promoveu uma melhora na função erétil e a qualidade do esperma. Outro estudo de 2015 no The British Medical Journal mostrou resultados semelhantes quando houve a combinação de picnogenol e L-arginina.
Dose sugerida: L-Arginina 4.000 a 5.000mg por dia para melhores resultados.
L-Citrulina
A L-citrulina é um aminoácido que também contribui para vasos sanguíneos saudáveis. Um estudo de 2017 mostrou que homens com disfunção erétil tinham níveis mais baixos desse aminoácido e de L-arginina no sangue. Um outro estudo de 2015 mostrou que o suplemento combinado de L-citrulina, L-arginina, e picnogenol poderia ajudar aqueles com disfunção erétil.
Dose sugerida: conforme indicado no rótulo
Ashwagandha (Withania somnifera)
A ashwagandha é uma erva adaptogênica que pode ser útil contra os problemas crônicos de fadiga e libido. Nativa da Ásia, especificamente da Índia e regiões da China, ashwagandha é comum na medicina aiurvédica e tem sido usada por milhares de anos.
Um estudo de 2015 contou com 57 homens, que receberam uma pílula placebo ou uma de ashwagandha por oito semanas, e tiveram os níveis de testosterona medidos antes e depois do estudo. Além disso, eles também praticaram musculação no mesmo período de tempo. Os resultados mostraram que aqueles que tomaram a erva tiveram um aumento nos níveis de testosterona em comparação com aqueles que tomaram o placebo.
Dose sugerida: Ashwagandha - 500mg uma ou duas vezes por dia
Maca peruana
A raiz de maca (Lepidium meyenii) é uma erva adaptogênica cultivada na Cordilheira dos Andes da América do Sul, que cresce em altitudes de 4.000 a 5.000 metros acima do nível do mar. Tradicionalmente usada pelos incas, a maca era conhecida por seus numerosos benefícios medicinais e usada principalmente para melhorar a libido e a fertilidade. Foi considerada, por muitos, afrodisíaca.
Estudos com homens mostraram que a raiz de maca pode aumentar o número e a mobilidade dos espermatozoides. Um estudo da Andrologia feito em 2002, duplo-cego e controlado com placebo, mostrou que homens que tomaram raiz de maca apresentaram melhora no desejo sexual quando comparados aos que tomaram uma pílula placebo. Em 2009, um estudo publicado na revista Andrologia mostrou melhorias na função sexual em homens com disfunção erétil moderada.
Dose sugerida: conforme indicado no rótulo
Panax ginseng (ginseng coreano/ginseng chinês)
O panax ginseng é usado para um grande número de problemas de saúde. As origens desta planta começam na Coréia e ela tem sido usada por mais de 2.000 anos. Também cultivado em áreas da China e da Sibéria, o panax ginseng é único - não deve ser confundido com outros ginseng conhecidos, como o ginseng americano ou siberiano. O panax ginseng também pode ser identificado como ginseng vermelho coreano, ginseng chinês ou ginseng asiático.
Estudos científicos mostrando a eficácia do ginseng começaram a aparecer na década de 1990. Foi em 1995 que um estudo mostrou que o ginseng pode ser útil para a disfunção erétil. Outro estudo realizado em 2007 também mostrou que o ginseng coreano pode ser uma opção eficaz para a disfunção erétil, enquanto um de 2008 comentou que a planta parece ser eficaz no tratamento da disfunção erétil, mas que estudos de mais qualidade eram necessários.
Dose sugerida: conforme indicado no rótulo. Também pode ser consumido como chá quente.
Picnogenol (extrato de casca de pinho)
Potente antioxidante, o extrato de casca de pinho foi originalmente usado pelos povos indígenas da América do Norte e da Ásia como uma erva medicinal. O expedidor francês Jacques Cartier, que reivindicou o Canadá para a França, alegadamente usou extrato de casca de pinho em 1535 durante sua expedição como forma de tratamento para o escorbuto, uma condição causada por níveis insuficientes de ingestão de vitamina C.
Hoje, os profissionais de medicina integrativa também perceberam os muitos benefícios para a saúde e a propriedade antienvelhecimento do extrato de casca de pinho. Existem várias fórmulas no mercado, e elas podem ser ingeridas como cápsula, em um óleo essencial, ou misturadas em uma loção para uso tópico.
O extrato de casca de pinho (pinus massoniana da Ásia) é uma das formulações mais comuns usadas, enquanto o extrato de casca de pinheiro-marítimo francês ou pycnogenol® (o pinheiro-bravo de subespécie atlântica é da Europa) é uma mistura patenteada desse poderoso nutriente.
Um estudo de 2015 mostrou que o extrato de casca de pinho (picnogenol), quando tomado com o suplemento L-arginina ajudou a melhorar a função erétil e a qualidade do esperma. Um estudo separado de 2015 mostrou que picnogenol, quando tomado com L-arginina e L-citrulina, também ajudou a resolver problemas de disfunção erétil.
Dose sugerida: conforme instruído no rótulo
Tongkat ali (Eurycoma longifolia)
O tongkat ali, também conhecido como ginseng da Malásia, é originário do sudeste da Ásia. Um estudo de 2013 mostrou que 200mg de tongkat ali, quando tomados diariamente, poderiam reduzir o cortisol – o hormônio do estresse – e aumentar os níveis de testosterona em 37%.
Um estudo separado de 2012 na Andrologia mostrou que 200mg diários poderiam aumentar os níveis de testosterona em homens com testosterona baixa. Um estudo de 2017 no Chinese Journal of Natural Medicines também mostrou que o tongkat pode ser útil não apenas para ajudar a melhorar a libido masculina, mas também a qualidade e a quantidade de espermatozoides.
Dose sugerida: 200mg por dia
Tribulus terrestris
Tribulus é uma planta herbácea nativa da Ásia e da Europa. Esta erva tem sido utilizada tanto na medicina aiurvédica como na medicina tradicional chinesa (MTC) há milhares de anos para ajudar na libido masculina e na saúde sexual. Um estudo de 2012, publicado no Journal of Sexual Medicine, demonstrou que o tribulus terrestris pode ser útil para pessoas com disfunção erétil. Alguns estudos sugeriram que esta erva pode aumentar os níveis de testosterona, mas outros apontam que o tribulus funciona aumentando a liberação de óxido nitroso (NO).
Dose sugerida: conforme recomendado no rótulo.
Suplementos secundários para a libido
Epimedium
O epimedium tem sido usado na Medicina Tradicional Chinesa (MTC) como terapia para a disfunção erétil. Embora existam poucos estudos de qualidade usando o método científico moderno para mostrar sua efetividade, a MTC diz que ele "tonifica o yang do rim". Muitos que o usam relataram sua eficácia.
Feno-grego
O feno-grego é uma erva originária da Índia. É usado na medicina aiurvédica para ajudar com problemas digestivos e com a libido. Um estudo de 2011 concluiu que o feno-grego poderia ajudar a melhorar a libido e manter níveis saudáveis de testosterona. No entanto, um estudo de 2009 em atletas masculinos concluiu que a planta não causava benefícios nos níveis de testosterona. Muitos que a usam relataram sua eficácia, enquanto outros não notaram melhora.
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